A língua de Trump não tem sido sua melhor aliada nessa campanha eleitoral. Na última 2ª feira (19/10), ela atacou novamente: em comício no Arizona, o presidente norte-americano fez pouco caso do fato de sua campanha sofrer com falta de recursos e sugeriu que, “se eu [Trump] quisesse”, ele poderia simplesmente ligar para executivos de Wall Street ou para o CEO da Exxon Mobil que ele conseguiria o dinheiro sem problemas. “Oh, você precisa de algumas licenças?”, disse Trump, simulando um telefonema com o executivo da Exxon. “Sabe, adoraria [que você] me enviasse US$ 25 milhões para a campanha”.
A “suposição” de Trump caiu tão mal – afinal, troca explícita de vantagens econômicas em favor de dinheiro de campanha é crime nos EUA – que a ExxonMobil foi forçada a esclarecer em seu Twitter que “só para deixar claro, isso [a conversa entre Trump e o CEO da companhia] nunca aconteceu”. Ainda assim, isso não significa que o setor petroleiro não esteja dando uma mãozinha para o presidente republicano. A CNN destacou que as doações eleitorais das indústrias do petróleo à campanha de Trump somam quase US$ 13 milhões, bem acima dos US$ 976 mil destinados ao democrata Joe Biden.
Em tempo: Faltando duas semanas para a eleição presidencial nos EUA, o portal Global News e o jornal The Guardian fizeram um apanhado do impacto ambiental e climático da gestão Trump. Spoiler: o “presidente mais ambientalista da história”, como ele se autoelogia, causou danos que vão muito além das fronteiras norte-americanas.
ClimaInfo, 21 de outubro 2020.
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