A petroleira britânica BP caiu para o seu menor valor de mercado desde 1994. Segundo o Guardian, a companhia vale hoje pouco mais de 44,8 bilhões de euros (cerca de R$ 296 bilhões), bem abaixo do valor de mercado da desenvolvedora eólica offshore dinamarquesa Orsted, estimada em 56,4 bilhões de euros (R$ 372,8 bilhões).
Questionado por acionistas no começo do mês, o CEO da BP, Bernard Looney, atribuiu a queda a uma série de fatores, que incluem o impacto da pandemia na demanda de petróleo e as perspectivas pouco otimistas para a recuperação do setor nos próximos anos. A petroleira anunciou há alguns meses um plano de investimentos em novos negócios de baixo carbono, com a pretensão de diminuir a produção de petróleo e gás em 40% até 2030.
A situação de outras gigantes do petróleo também não é boa. Nos EUA, o CEO da Exxon Mobil Darren Woods anunciou que a empresa planeja demitir funcionários nos próximos meses, em virtude da queda dos preços do petróleo, mas sem dar detalhes sobre números e prazos. As ações da companhia caíram 52% neste ano, o que motivou um corte de ⅓ no orçamento (cerca de US$ 10 bilhões). Ainda assim, segundo a Bloomberg, o executivo defendeu que o mau momento é passageiro e que a empresa continuará voltada para o mercado de combustíveis fósseis. The Washington Post também repercutiu os maus bocados pelos quais a Exxon está passando.
ClimaInfo, 23 de outubro 2020.
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