Dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon detectaram a perda de 1.218 km2 de floresta na Amazônia em setembro, uma alta de 52% na comparação com o mesmo mês no ano passado (803 km2). De acordo com o SAD, de janeiro até setembro 6.030 km2 foram derrubados no bioma, número 20% maior que o registrado no mesmo período de 2019. A área degradada por incêndios e extração seletiva de madeira, entre outras atividades, cresceu 147% em setembro, totalizando 3.048 km2.
Enquanto a floresta é degradada ou derrubada, empresários e executivos brasileiros destacaram o risco que o desmatamento ilegal representa para os negócios do país no exterior. O Estadão trouxe as impressões de Rodrigo Santos (Bayer) e Walter Schalka (Suzano), que participaram de uma discussão promovida pela Câmara Americana de Comércio (AMCHAM) e pela Fundação FHC. Para eles, os péssimos indicadores ambientais do Brasil estão causando um “ruído” e precisam ser confrontados pelo poder público e pelas empresas.
Já o Valor repercutiu novos projetos de lei apresentados no Congresso Nacional para endurecer as penas contra quem promove desmatamento ilegal. Por exemplo, a proposta do deputado Felipe Carreiras (PE) sugere a expropriação dos bens do produtor que desmatar sem autorização prévia, o que inclui até mesmo a apreensão do rebanho e a destruição de insumos, máquinas e equipamentos. Outro projeto, do deputado Célio Studart (CE), pretende dobrar a pena aplicada para quem incendeia a floresta, chegando a até 16 anos de prisão no caso de queimadas de grandes proporções.
Em tempo: Nos primeiros 20 dias de outubro, o INPE registrou 2.667 focos de incêndio no Pantanal – uma alta de 408% com relação ao mesmo período no ano passado. Na Amazônia, a situação é parecida: as queimadas cresceram 211% no período, chegando a mais de 12 mil focos de fogo identificados até o último dia 20. No Cerrado, alta de 86% (11.946 focos). O Globo deu mais informações.
ClimaInfo, 22 de outubro 2020.
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