Mesmo com La Niña, 2020 caminha para ser um dos anos mais quentes já registrados

La Niña

O hemisfério norte se prepara para enfrentar um inverno potencialmente mais frio que o normal, em virtude do fenômeno climático La Niña. Ainda assim, a queda esperada nas temperaturas não deverá ser capaz de compensar as altas registradas nos meses de primavera e verão no Norte e mesmo nas estações frias no Sul, o que abre o caminho para que 2020 feche sendo um dos anos mais quentes já registrados.

La Niña normalmente tem um efeito de resfriamento nas temperaturas globais, mas isso é mais do que compensado pelo calor retido em nossa atmosfera pelos gases de efeito estufa”, explicou Petteri Talas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que apresentou ontem as projeções sobre o fenômeno para os próximos meses. “Os anos de La Niña agora são mais quentes do que aqueles com um El Niño mais forte no passado”.

Segundo a OMM, o La Niña deve causar anomalias significativas de precipitação em regiões, com chuvas abaixo da média em regiões como o Grande Chifre da África e a Ásia Central, e acima da média em áreas como o Sudeste Asiático, algumas ilhas no Pacífico e o norte da América do Sul. O Guardian deu mais detalhes sobre essas projeções.

 

ClimaInfo, 30 de outubro 2020.

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