O mês de outubro foi dramático para o meio ambiente no Brasil. Na Amazônia, 17.326 focos de queimada foram registrados pelo INPE, número 121% maior que o observado no mesmo mês em 2019; este foi o 2º pior outubro na série histórica amazônica. Por outro lado, houve uma queda com relação ao mês de setembro, quando a Amazônia registrou mais de 32 mil pontos de fogo. O acumulado para 2020 está em 93.356 focos desde janeiro, acima dos 89.176 identificados nos primeiros dez meses de 2019.
Já no Pantanal, outubro foi ainda mais devastador: 2.856 focos de incêndio, o maior valor registrado para esse mês, com um aumento de 17% em relação ao mesmo período no ano passado. Na soma dos últimos dez meses, o bioma sofreu 21.115 ocorrências de fogo, também o maior valor na série histórica.
Mesmo com as queimadas recuando, a situação do Pantanal segue delicada, particularmente por conta do impacto causado pelo fogo intenso dos últimos meses. De acordo com a pesquisadora Carolina Joana da Silva (Universidade Estadual do Mato Grosso), ouvida pelo O Eco, um projeto de longo prazo para recuperação do bioma será fundamental, e isso demandará não apenas atenção e cuidado, mas também investimento.
A devastação florestal na Amazônia e no Pantanal foram destaque na imprensa, com manchetes em veículos como Bloomberg, Deutsche Welle, Estadão, Folha, Reuters e Veja.
ClimaInfo, 3 de novembro 2020.
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