O vazamento de óleo nas Ilhas Maurício, na costa leste da África, segue causando surpresas e levantando dúvidas entre especialistas e a população local. Meses após o graneleiro japonês Wakashio encalhar e se partir em dois, ainda não se sabe com clareza qual é o tipo de óleo que vazou do navio. Uma análise preliminar identificou traços “complexos” e “incomuns” na substância, que nunca tinham sido vistos até então em episódios desse tipo. Amostras do óleo foram enviadas para laboratórios na Europa e nos EUA para avaliações mais aprofundadas.
Na Forbes, Nishan Degnarain tratou de suspeitas que vêm sendo levantadas por especialistas e autoridades locais sobre essa substância. Uma teoria é de que ela seria uma forma experimental de combustível feito a partir de plástico. Se isso se confirmar, as consequências ambientais e de saúde pública desse desastre podem ser ainda piores do que o imaginado, especialmente para os recifes de corais da região, que são uma atração turística importante do país.
A matéria destaca também a insatisfação nas Ilhas Maurício com a condução da resposta ao vazamento, que está sendo financiada pela seguradora japonesa do Wakashio. De acordo com a imprensa local, os investigadores e especialistas estrangeiros não estão sendo transparentes, o que levanta ainda mais desconfiança entre a população.
ClimaInfo, 5 de novembro 2020.
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