A chegada da época de chuvas no Pantanal, no começo de novembro, aliviou a situação do bioma afligido por meses de estiagem e incêndios monstruosos. No entanto, as condições ainda não são boas, e o fogo persiste em diversas áreas da região.
A BBC Brasil destacou o trabalho de biólogos, brigadistas e profissionais que seguem na linha de frente do combate às chamas. O consenso entre especialistas é de que apenas a ocorrência de chuvas intensas poderá efetivamente acabar com os focos restantes de fogo; no entanto, teme-se um possível impacto do La Niña no regime de chuvas da região, com precipitações abaixo da média histórica. Por essa razão, os especialistas reforçam a importância de se avançar com medidas preventivas, em especial a criação de brigadas fixas de incêndio.
Mesmo que as chuvas caiam e o fogo se apague, o impacto dos incêndios deste ano são profundos e podem custar muitas décadas para a recuperação da biodiversidade pantaneira. O Estadão mostrou que os ciclos reprodutivos de diversas espécies do bioma foram comprometidos com as chamas, bem como a cadeia alimentar, o que cria dificuldades sérias para a sobrevivência dos animais que escaparam do fogo. O Globo Rural também repercutiu o trabalho de biólogos que adentram nas áreas queimadas para resgatar animais e mensurar o impacto do fogo no Pantanal.
Em tempo: Um levantamento sobre a cobertura internacional da devastação ambiental no Brasil mostra o tamanho do estrago causado pelo fogo descontrolado e pelas incompetência e omissão do governo federal à imagem do país no exterior. Cresceram 192% as matérias sobre desmatamento e queimadas na Amazônia e no Pantanal entre julho e setembro ante o trimestre anterior. O tom das matérias ressaltou a vulnerabilidade dos biomas, a incapacidade do poder público de responder à crise e combater as ilegalidades, e a irresponsabilidade de Bolsonaro e de Salles. Ana Carolina Amaral dá mais detalhes na Folha.
ClimaInfo, 9 de novembro 2020.
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