Cinco dias depois da votação, os EUA finalmente conheceram no último sábado o vencedor das eleições presidenciais de 2020. Para sorte do clima global, Joe Biden substituirá o negacionista Donald Trump na Casa Branca no dia 20 de janeiro, encerrando assim uma das administrações mais desastrosas em matéria climática.
A derrota de Trump traz alívio para o mundo, já que sinaliza o retorno da maior potência às negociações internacionais sobre clima. Como afirmou o Observatório do Clima (OC), a vitória de Biden “adia o fim do mundo”, mas o desafio climático segue assustador. No mesmo tom, Marcelo Leite ressaltou na Folha as dificuldades que a administração Biden enfrentará para tirar do papel o ambicioso plano climático apresentado durante a campanha, especialmente caso os republicanos sigam controlando o Senado. Também na Folha, Ana Carolina Amaral deu destaque ao retorno dos EUA ao cenário internacional em um momento crítico para o futuro dos esforços globais contra a crise do clima, o que pode ter implicações sobre os países que seguiram o negacionismo trumpista nas negociações climáticas – como o Brasil de Bolsonaro.
A vitória de Biden e seus efeitos sobre a crise climática tiveram destaque em Bloomberg, Climate Home, Guardian, Nature, Reuters, Scientific American, The New York Times, The Washington Post e Vox, entre outros.
Em tempo: Mesmo sem ter a garantia de um Senado amigável, Biden pode avançar significativamente na agenda climática, desfazendo as lambanças feitas por Trump em regras e orientações federais para geração de energia, como destacou a Bloomberg. A Reuters também abordou o tema, ressaltando a preocupação dos democratas em sinalizar desde o 1º momento com uma retomada da agenda climática pela Casa Branca.
ClimaInfo, 9 de novembro 2020.
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