O novo tabuleiro diplomático de Bolsonaro com Biden na Casa Branca

9 de novembro de 2020

Costumeiramente ávido por usar as redes sociais para comentar tudo, o presidente Bolsonaro tem mantido um incomum silêncio no que diz respeito à derrota de seu aliado (e ídolo) Donald Trump nos EUA.

Como El País Brasil ressaltou, o Palácio do Planalto e o Itamaraty ainda não se manifestaram publicamente sobre o resultado da eleição norte-americana e a vitória de Joe Biden. O silêncio faz sentido: sem Trump, a diplomacia bolsonarista não perde apenas um aliado, mas também um escudo importante que permitiu ao atual governo pisar fundo no discurso nacionalista e populista nos últimos dois anos.

Ao Valor, o cientista político Hussein Kalout (Universidade de Harvard) comentou que Biden deverá ser pragmático no relacionamento com o Brasil, mas isso ainda exigirá de Bolsonaro uma readequação de sua diplomacia e, em particular, de sua política ambiental e climática. Isso passa pelo abandono de uma “visão psicodélica das relações internacionais”, imposta pelo chanceler Ernesto Araújo que, sem Trump, perde o único lastro internacional que lhe dava condições de continuar no comando do Itamaraty, como pontuou Jamil Chade no UOL. Vale também ler também as análises de Adriana Fernandes, no Estadão, e de Carolina Lisboa, em O Eco, sobre o impacto da derrota de Trump na política externa e climática do governo Bolsonaro.

 

ClimaInfo, 10 de novembro 2020.

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