Após derrota eleitoral, Trump demite cientista responsável por relatório climático nos EUA

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Após derrota eleitoral de Trump, os EUA se preparam para um processo de transição que promete ser tumultuado. Enquanto Joe Biden e os democratas começam a organizar o novo governo, a indisposição de Donald Trump em reconhecer sua derrota está causando problemas que podem atrapalhar consideravelmente os primeiros dias da nova gestão, que assumirá apenas em 20 de janeiro. Para piorar, Trump segue fazendo mudanças bruscas na estrutura da Casa Branca, que arriscam piorar ainda mais a situação. Uma delas foi formalizada na última 2ª feira (9/11), com a exoneração do cientista Mark Kuperberg da chefia do programa de pesquisa climática dos EUA. Kuperberg estava à frente de um relatório nacional sobre clima, previsto para ser publicado em 2023. Em seu lugar, Trump indicou o negacionista climático David Legates, que atuou no passado para organizações polêmicas como o Heartland Institute e defendeu falsamente que o “dióxido de carbono é alimento para as plantas e não é um poluente”.

Com pouco mais de 70 dias até a mudança de governo, The New York Times analisou os impactos negativos causados pelo negacionismo de Trump, tidos como o legado mais profundo de uma gestão que menosprezou e minimizou a crise climática, mesmo com eventos extremos ocorrendo com frequência e potência cada vez maiores no país. Já a Reuters, vislumbrando o próximo governo, especulou que democratas e republicanos poderão encontrar margem para um entendimento comum no que diz respeito a incentivos para geração e consumo de combustíveis renováveis, especialmente biocombustíveis.

Bloomberg, The Hill e The NY Times repercutiram a demissão de Kuperberg nos EUA.

 

ClimaInfo, 11 de novembro 2020.

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