Descrito como o mais ambicioso plano para se enfrentar as mudanças climáticas de qualquer candidato presidencial dos Estados Unidos, as propostas de Joe Biden passam agora pelo crivo da realidade. Embora a volta ao Acordo de Paris possa ser um de seus primeiros atos, a incógnita é o que poderá ser feito para se reduzir as emissões do país.
Matt McGrath, da BBC News, debruçou-se sobre a questão. Para contornar o Senado – que poderá ser um obstáculo caso os democratas não conquistem as duas vagas remanescentes na Georgia – Biden conta com a experiência de seis mandatos na casa e propostas que equilibram empregos e novas infraestruturas, ao mesmo tempo em que controlam as emissões de carbono, o que é visto como um possível caminho para avançar nos dois lados da Casa.
Embora mais moderado que o Green New Deal proposto pela igualmente democrata Alexandria Ocasio-Cortez, o plano de Biden também foca em propostas que cortam carbono e, ao mesmo tempo, geram empregos. Por meio de um conjunto de ações e investimentos em diferentes setores, como edificações, transporte público, veículos elétricos, eficiência energética etc., Biden quer tornar a produção de energia norte-americana livre de carbono até 2035 e fazer com que o país atinja emissões líquidas zero até a metade do século.
A matéria da BBC traz os detalhes.
Em tempo: Integrantes do governo Bolsonaro já começaram a esboçar um plano B para a aproximação com Biden. A estratégia contaria com a ajuda do próprio chanceler Ernesto Araújo que, segundo a revista Veja, seria o responsável pela interlocução com Biden, com quem já trabalhou em 2013. Já o ministro do Meio Ambiente teria sugerido a Bolsonaro enviá-lo para apresentar à vice-presidente americana eleita, Kamala Harris, um plano de preservação da Amazônia e pedir apoio financeiro – promessa da campanha de Biden.
ClimaInfo, 16 de novembro 2020.
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