Os super-ricos buscam proteção contra o aquecimento global que geram

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Verdadeiras fortalezas subterrâneas superequipadas com o que há de mais moderno, serviços de evacuação por equipes ultratreinadas e equipadas, busca por locais mais seguros e habitáveis como a Nova Zelândia. Tudo isso à serviço de um seleto grupo de bilionários.

Hannah Kuchler, no Financial Times, entrevistou gente que oferece várias opções de superproteção para quem pode pagar. Segundo o epidemiologista americano Abdul El-Sayed, “quando os ricos saem de um sistema, é porque ele não está funcionando para todos. Mas todo o resto do mundo não tem recursos para sair do sistema”.

O seleto grupo de plutocratas é responsável – direta ou indiretamente – por boa parte do aquecimento global. Em 2015, Thomas Piketty e Lucas Chancel estimaram que “os 1% mais ricos dos Americanos, Luxemburgueses, Singapurenses e Sauditas emitem mais de 200 toneladas de CO2 por pessoa por ano”, enquanto os habitantes de Honduras, Moçambique, Ruanda e Malawi emitem 2 mil vezes menos, da ordem de 0,1tCO2e por pessoa por ano.

No ano passado, um grupo de pesquisadores alemães e sul-coreanos publicaram um trabalho na Nature a respeito. Apesar de suas estimativas serem menores do que as de Piketty-Chancel, afirmam que os 0,54% mais ricos do mundo respondem por quase 4 bilhões de tCO2e por ano. Fossem eles um país, seriam o 4o maior emissor do mundo, só atrás de China, EUA e a União Europeia toda.

 

ClimaInfo, 16 de novembro 2020.

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