Eleições 2020 enfraquecem o populismo de direita

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Ainda que em meio a uma pandemia, os altos índices de abstenção Brasil afora (recordes, como informa o Poder360) não permitem decretar a morte do populismo de direita, daqueles candidatos que muitas vezes se autodeclaram outsiders da política. Mas os resultados apontam para a retomada de uma dinâmica partidária menos fora da curva do que a de 2018. Com isso, Bolsonaro parece ter sido o grande perdedor deste domingo: como Fausto Macedo informa no Estadão, dos 59 candidatos apoiados por Bolsonaro, apenas 7 se elegeram e 2 estão na corda-bamba do segundo turno.

O Valor detalha os erros presidenciais que levaram ao fiasco. Seu ex-partido, o PSL – um fenômeno em 2018 – não conseguiu eleger um prefeito sequer nas 100 maiores cidades do país. O UOL também escreveu sobre isso.

Do outro lado do espectro político, o PT também encolheu, como destaca o Metrópoles – mas em poucos lugares tão emblematicamente como em São Paulo. A BBC traz matéria tentando explicar o fracasso.

Sem a hegemonia do Partido dos Trabalhadores, houve uma ressurreição da esquerda. Talvez o caso mais impressionante seja o de Guilherme Boulos e seus 18 segundos de propaganda na TV em São Paulo. Para a BBC , é um indicativo do avanço da esquerda entre os jovens. N’O Globo, Lauro Jardim chama a atenção para os 56 representantes quilombolas eleitos em 10 estados – um recorde histórico. De acordo com a Folha, a eleição mostrou um leve deslocamento à esquerda nas 23 cidades que tiveram resultados consolidados ainda no domingo.

De forma geral, a chamada centro-direita foi a grande vencedora, como destaca El País. Porém, para os partidos isso não chega a ter sabor de vitória: Matheus Pichonelli, no Yahoo Notícias, fez as contas do quanto os partidões perderam em relação a 2016.

 

ClimaInfo, 17 de novembro 2020.

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