Aquecimento pode provocar migração de espécies infecciosas para regiões mais temperadas, sugerem cientistas

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Com o planeta se aquecendo, doenças zoonóticas antes características de regiões tropicais deverão se tornar mais frequentes em áreas temperadas, o que pode trazer ameaça adicional de novas pandemias. A conclusão é de um grupo de cientistas de universidades norte-americanas em um estudo publicado nesta semana na revista Science. Os autores testaram a chamada “hipótese da incompatibilidade térmica” – a ideia de que o risco de doenças infecciosas em animais característicos de climas mais frios (como os ursos polares) aumenta à medida em que a temperatura sobe, enquanto o risco em animais de climas mais quentes cai com a redução da temperatura. Os autores coletaram dados de mais de 7 mil pesquisas de diferentes sistemas hospedeiros-parasitas em todos os continentes para fornecer uma representação diversificada de animais e seus patógenos em ambientes aquáticos e terrestres. O estudo sugere que patógenos encontrados em locais frios prosperam em temperaturas mais quentes; inversamente, patógenos de regiões mais quente têm dificuldades com temperaturas mais baixas. Com as regiões temperadas cada vez mais quentes, a possibilidade de que essas doenças “pulem” de animais hospedeiros para os seres humanos aumenta. The Independent comentou o estudo.

 

ClimaInfo, 25 de novembro 2020.

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