Cientistas transformam Monte Everest em “laboratório climático”

Monte Everest

Por dois meses em 2019, um grupo de 34 cientistas se instalou no Monte Everest, o ponto mais alto da Terra, para estudar os efeitos da mudança do clima nos Himalaias. Isso não é algo banal: além de sua simbologia, essas montanhas fornecem água para mais de 1,6 bilhão de pessoas, de tal maneira que são comumente chamadas de “Terceiro Polo” do planeta por conta da escala das geleiras ali encontradas.

Como a Bloomberg abordou, o Everest tem perdido gelo em uma taxa acelerada nas últimas décadas. Além disso, o entorno do Monte também tem se tornado um problema, já que os milhares de turistas que se aventuram todos os anos em sua escalada deixam resíduos dos mais diversos tipos, poluindo e contaminando a área.

Os pesquisadores analisaram amplamente esses impactos, catalogando os riscos de rompimento de lagos glaciais, deslizamentos de terra e derretimento de água contaminada por produtos químicos ou resíduos biológicos. Uma conclusão curiosa dessas pesquisa é de que o aquecimento da atmosfera pode elevar a taxa de oxigênio no Everest, o que pode facilitar a vida dos montanhistas. Todos os estudos foram publicados na semana passada na revista One Earth.

 

ClimaInfo, 26 de novembro 2020.

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