No Valor, Daniela Chiaretti conversou com o ex-ministro francês Laurent Fabius, quem encabeçou a equipe de negociadores responsável pela costura final daquilo que viria a ser chamado de Acordo de Paris no final de 2015. À época ministro do exterior do então presidente François Hollande, Fabius comentou a instabilidade política que marcou os primeiros cinco anos do Acordo, com o negacionismo climático comprometendo países importantes no tabuleiro internacional, como os EUA. Por outro lado, ele assinalou a emergência de novos movimentos, como o da juventude, que pressionaram os demais países a se manter engajados na luta contra a mudança do clima. “O engajamento da juventude constitui uma poderosa fonte de esperança – talvez a mais poderosa”, comentou.
Outro nome francês importante para a definição do Acordo de Paris também se manifestou para celebrar a data: a ex-diplomata Laurence Tubiana, uma das arquitetas do texto fechado em Paris em 2015. Em uma thread no Twitter, ela recordou o esforço hercúleo dos negociadores para se conseguir chegar ao Acordo e expressou otimismo com seu futuro, à luz dos anúncios recentes de descarbonização até meados deste século. “Hoje, vemos expectativas e políticas convergindo. As emissões líquidas zero até 2050 viraram um ponto de referência não apenas para os governos – empresas e investidores também estão usando isso em suas decisões”.
ClimaInfo, 14 de dezembro 2020.
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