Acordo de Paris, 5 anos: Países apresentam novos compromissos nacionais de redução de emissões

Acordo de Paris 5 anos novos compromissos

Mais de 70 chefes de estado e de governo participaram da Cúpula da Ambição Climática organizada pela ONU para celebrar o 5º aniversário do Acordo de Paris e destacar novos compromissos e metas dos países. Ao todo, 45 países apresentaram suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) para o Acordo de Paris, com metas mais ambiciosas de redução de emissões. Já 24 nações se comprometeram em neutralizar suas emissões de carbono nas próximas décadas. O Climate Home fez um apanhado dos anúncios e acompanhou os discursos ao longo do dia. A Bloomberg também sumarizou os principais destaques do sábado.

Entre estes, a China se comprometeu a reduzir suas emissões de carbono por unidade do Produto Interno Bruto (PIB) em “mais de 65%” em 2030 com relação aos níveis de 2005. O anúncio feito por Xi Jinping sinaliza um ligeiro aumento na meta chinesa para esse período, que até agora era de 60% a 65%. Pequim também declarou pretender atingir a neutralidade das emissões líquidas de carbono antes de 2060. Daniela Chiaretti e Marcela Caetano deram mais detalhes no Valor. Bloomberg, Financial Times, NY Times e Reuters repercutiram o anúncio chinês no exterior.

Outro destaque foi o anfitrião da próxima Conferência do Clima (COP26), o Reino Unido, que prometeu acabar com o financiamento a projetos de combustíveis fósseis no exterior. Segundo o premiê Boris Johnson, a ideia é injetar esses recursos em projetos de energia renovável em países em desenvolvimento. Segundo o Valor, Londres destinou 21 bilhões de libras (cerca de US$ 26 bilhões) em projetos fósseis mundo afora nos últimos quatro anos. BBC, Bloomberg e Financial Times também deram espaço ao compromisso de Johnson.

Já a Itália confirmou que pretende destinar 30 milhões de euros para o Fundo de Adaptação da UNFCCC, além de se comprometer com a neutralidade do carbono até 2050. O Vaticano, por sua vez, anunciou que pretende reduzir suas emissões líquidas a zero até 2050.

 

ClimaInfo, 14 de dezembro 2020.

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