Antipolítica ambiental e ataques a indígenas deram destaque ao Brasil no antiprêmio “Fóssil dos 5 Anos”

Fóssil dos 5 anos

Um dia antes de ficar de fora da Cúpula de Ambição Climática da ONU para o 5º aniversário do Acordo de Paris, o país recebeu na 6ª feira (11/12) duas menções desonrosas da Climate Action Network (CAN International) na entrega de seu famoso antiprêmio “Fóssil dos 5 Anos”, dedicado aos países que prejudicaram a luta contra a mudança do clima.

Escolhido em votação entre integrantes de mais de 1,3 mil organizações ambientalistas de mais de 130 países, o Brasil recebeu dois “Fósseis”. Um deles por “não proteger as pessoas dos impactos climáticos”, ao permitir o crescimento desenfreado do desmatamento e das queimadas na Amazônia. Já o outro veio por “não ouvir as pessoas e diminuir o espaço cívico”, restringindo a atuação da sociedade civil organizada e de grupos indígenas.

Além do Brasil, a CAN também “premiou” os EUA, que receberam o “Fóssil Colossal” em razão do negacionismo do governo Trump, que retirou o país do Acordo de Paris e desmontou as políticas climáticas implementadas pelo antecessor, Barack Obama, além de outro “Fóssil” por não cumprir seus compromissos de financiamento e apoio aos países vulneráveis à mudança do clima. Outro país “agraciado” foi a Austrália, criticada pela resistência do primeiro-ministro Scott Morrison em ressuscitar e reforçar a ação climática no país mesmo depois dos incêndios florestais devastadores do último verão.

Estadão, G1 e O Globo repercutiram os “Fósseis” brasileiros.

 

ClimaInfo, 14 de dezembro 2020.

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