A diplomata costarriquenha Christiana Figueres liderou as negociações climáticas internacionais por cinco anos, exatamente em um período crítico de sua história – logo após o desastre diplomático da COP15 de Copenhague, em 2009, que quase sepultou as esperanças em torno de um regime climático global. O desafio era enorme: restaurar a confiança entre os países e conseguir, em um intervalo de tempo curto, ressuscitar as conversas e levantar um novo acordo climático. Em 2015, veio a consagração de Figueres, com o Acordo de Paris, celebrado como um dos maiores triunfos recentes do multilateralismo.
No entanto, ela foi uma exceção em um mundo ainda dominado por homens. Como ela mesma colocou na Vogue, isso é reflexo de uma desigualdade muito maior: mesmo arcando com a maior parte dos impactos da mudança do clima, as mulheres ainda carecem de representação efetiva nos espaços de decisão política sobre a crise climática. “É por isso que é tão importante que as vozes femininas estejam nas mesas de negociação. Atualmente, não há mulheres suficientes em cargos de tomada de decisão, pensando sobre as diferentes maneiras pelas quais a crise climática afeta questões de gênero e tomando decisões mais inclusivas”, escreve.
ClimaInfo, 16 de dezembro 2020.
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