Consumidas pelo fogo, árvores milenares perecem na costa oeste dos EUA

incêndios florestais Califórnia

Sequoia-gigante, Sequoia-vermelha e Árvore-de-Josué. Estas são três espécies de árvores tão características do estado norte-americano da Califórnia que existem três famosos parques naturais com seus nomes. Há décadas, cientistas e conservacionistas se desdobram para estudá-las e protegê-las. No entanto, os megaincêndios que devastaram a costa oeste dos EUA em 2020 mostraram que elas nunca estiveram tão ameaçadas como agora – e que o futuro delas pode ser incerto em um mundo cada vez mais quente.

No NY Times, John Branch fez um relato sobre os efeitos dos incêndios deste ano em árvores centenárias – algumas milenares. Ao longo de sua existência, elas testemunharam inúmeros episódios de fogo e sobreviveram. Dessa vez, muitas delas pereceram em questão de dias. A situação é mais dura para as Árvores-de-Josué, capazes de sobreviver em ambientes de deserto, mas extremamente vulneráveis ao fogo, que não é um fenômeno comum nessas áreas. As fotos de Max Whittaker são de partir o coração.

“Tantas árvores enormes, que permaneceram estoicamente em pé, algumas por milhares de anos, foram extintas em um instante”, escreve Branch. “Como disse um cientista em meio à paisagem de sequoias-gigantes carbonizadas: ‘Elas são literalmente insubstituíveis – a menos que você possa esperar dois mil anos’”.

Em tempo: A pouco mais de um mês de sua posse nos EUA, Joe Biden segue montando sua equipe de governo. Nesta semana, ele anunciou três nomes que reforçam o foco da futura Casa Branca no enfrentamento da crise climática. Gina McCarthy assumirá a articulação da ação climática doméstica, como assessora sênior do novo presidente. McCarthy, que atualmente preside a entidade ambientalista Natural Resources Defense Council (NRDC), foi chefe da agência de proteção ambiental dos EUA (EPA) durante o governo Obama. Além dela, Biden confirmou as indicações de Jennifer Granholm e Pete Buttigieg para as secretarias de energia e de transportes, respectivamente. As duas pastas são centrais para que o novo presidente tire do papel o plano climático anunciado durante a campanha. Bloomberg e NY Times deram mais detalhes.

 

ClimaInfo, 17 de dezembro 2020.

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