Diversas associações profissionais de medicina se uniram para apresentar uma carta pública pressionando o governo federal a manter o cronograma de implementação do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE). Nos últimos meses, as montadoras vêm tentando adiar o prazo de início da nova fase do programa, prevista para 2022, sob a justificativa de que a crise econômica causada pela pandemia comprometeu o planejamento e os investimentos do setor.
No entanto, de acordo com o manifesto, a pandemia não pode servir como justificativa para que a indústria automobilística adie seus compromissos antipoluição. O texto lembra um estudo recente de pesquisadores da Universidade de Harvard que concluiu que o risco de óbito pela COVID-19 pode ser 15% maior em pessoas que vivem em regiões poluídas. “Isso implica afirmar que, juntos, o novo coronavírus e a má qualidade do ar são os principais adversários a serem combatidos em defesa da vida”, diz a carta.
“Essa nova fase do Proconve irá reduzir em 90% a emissão de material particulado, poluente mais danoso à saúde. Ou seja, tem importância fundamental no combate à poluição do ar, na defesa e na salvaguarda da saúde dos brasileiros. No mundo, essas iniciativas já acontecem há um bom tempo”, explicou Evangelina Vormittag, diretora executiva do Instituto Saúde e Sustentabilidade (ISS), médica e representante da Coalizão Respirar, durante coletiva de imprensa.
Agência Brasil, Cultura, Exame e O Globo deram destaque.
ClimaInfo, 16 de dezembro 2020.
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