Emissões da construção civil podem ameaçar metas climáticas globais

emissões da construção civil

As emissões de carbono geradas por edifícios e construções podem comprometer os esforços globais para se conter o aquecimento global e as mudanças do clima, alertou a Aliança Global para Edifícios e Construções (GlobalABC), em relatório publicado ontem (17/12). De acordo com o documento, o uso de carvão, óleo e gás natural para aquecimento, refrigeração, iluminação e alimentação puxou as emissões dos edifícios para cerca de 10 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (GtCO2e) em 2019, representando cerca de 28% do total de emissões globais decorrentes da queima de combustíveis fósseis. Se incluirmos as emissões da construção civil com todo seu cimento e aço, essa proporção atinge 38% das emissões globais de CO2 relacionadas à energia.

O grupo apresentou também uma nova ferramenta, o Buildings Climate Tracker, que considera medidas como investimento incremental em eficiência energética em edifícios, além do uso de fontes renováveis de energia para apontar o desempenho do setor ao longo do tempo. Os primeiros dados também preocupam: a taxa de melhoria anual caiu pela metade entre 2016 e 2019, o que indica uma desaceleração dos esforços para diminuir a pegada de carbono das edificações e da construção civil. Por isso, o relatório também destacou a importância de que os pacotes de recuperação econômica pós-pandemia e as revisões dos compromissos nacionais para o Acordo de Paris incluam novos objetivos e ações que acelerem a transição energética para esses setores. As conclusões do relatório foram reportadas por Daily Mail, Euractiv e Reuters, entre outros.

 

ClimaInfo, 18 de dezembro 2020.

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