Consumidores e investidores intensificam pressão por impactos climáticos da pecuária

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A intensificação dos eventos climáticos extremos vem impulsionando uma nova onda de preocupação por parte de governos, empresas, investidores e consumidores com os efeitos negativos de setores econômicos inteiros sobre o clima global. Um dos que está mais exposto a essas críticas é o da pecuária, que vive sob pressão crescente para mudar suas práticas – e para diminuir significativamente a sua produção, por conta dos impactos da criação de gado em termos de emissões de metano, um dos gases de efeito estufa mais potentes.

O Financial Times abordou esse tema, destacando as medidas recentes tomadas por diversos governos e empresas para restringir o comércio de carne produzida em áreas desmatadas ilegalmente, em sintonia com as demandas de acionistas, investidores e consumidores. Além disso, a pressão científica sobre a atividade pecuarista impõe um obstáculo ainda mais substancial ao setor, confrontado por recomendações para que o consumo de carne diminua não apenas por questões de saúde pública, mas também para ajudar no esforço contra a mudança do clima. O avanço dessas demandas arrisca tornar o setor vulnerável a problemas hoje comuns à indústria do petróleo, como os “ativos encalhados” – investimento em capacidade produtiva que não terá retorno por conta das restrições climáticas para sua produção.

Em tempo: Lívia Breves escreveu n’O Globo sobre a nova onda de produtos “plant-based” que chegou aos supermercados brasileiros nos últimos tempos. Depois de bebidas à base de soja, coco e castanhas, a aveia vem ganhando espaço entre os consumidores desses produtos, impulsionada por características mais atraentes e processos produtivos mais sustentáveis.

 

ClimaInfo, 19 de janeiro de 2021.

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