IEA confirma queda de 10% nas emissões globais de metano em 2020, mas alerta para riscos de vazamento

metano

As emissões de metano da indústria global de petróleo e gás caíram cerca de 10% em 2020, em virtude dos efeitos da pandemia sobre a demanda por combustíveis fósseis no ano passado, confirmou ontem (18/1) a Agência Internacional de Energia (IEA). Segundo o levantamento, as operações de óleo e gás em todo o mundo emitiram mais de 70 milhões de toneladas de metano na atmosfera no ano passado – o equivalente ao total de emissões de dióxido de carbono relacionadas à energia de toda a União Europeia.

De acordo com a IEA, a falta de esforços das companhias petroleiras em reduzir os vazamentos de metano em seus processos de exploração significa que uma retomada das atividades do setor, esperada após a pandemia, pode levar a um crescimento significativo das emissões desse gás num futuro próximo, o que pode complicar o cumprimento dos objetivos climáticos globais. A agência divulgou também um guia passo-a-passo para o desenvolvimento de regulações governamentais para emissões de metano no setor de óleo e gás. O objetivo é mostrar que a redução das emissões de metano por vazamento é economicamente interessante para as empresas, já que o gás pode ser aproveitado na fabricação de gás natural. Nesse sentido, custos de melhoria das operações e de reparos podem ser compensados pelo valor do gás adicional disponibilizado no mercado.

Associated Press, Bloomberg e Reuters repercutiram essa notícia.

 

ClimaInfo, 19 de janeiro de 2021.

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