O governo do Canadá, um dos principais defensores do projeto do oleoduto Keystone XL, se movimenta para conseguir convencer o novo presidente dos EUA, Joe Biden, a desistir do cancelamento da licença para as obras em território norte-americano. Essa decisão pode ser a 1ª pedra no sapato nas relações entre os dois países sob o governo Biden.
O premiê da província canadense de Alberta, Jason Kenney, ameaçou processar a Casa Branca por conta do impacto da paralisação das obras do lado norte-americano sobre as operações no lado canadense. O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau também defende a iniciativa e está atuando com interlocutores do novo governo nos EUA para evitar a suspensão da licença do oleoduto. O projeto é tido como estratégico no Canadá, já que permitirá o transporte de petróleo dos campos de areia de Alberta, uma das maiores reservas do país, para as refinarias nos EUA. Por outro lado, ambientalistas, indígenas e proprietários rurais locais contestam a obra, ressaltando seus riscos para o meio ambiente. Já ativistas climáticos no Canadá pretendem aproveitar a decisão de Biden para pressionar Trudeau contra a insistência de seu governo em promover a exploração de petróleo e o consumo de combustíveis fósseis, contrariando os compromissos climáticos assumidos pelo país.
Associated Press, Climate Home, Guardian e Reuters deram mais detalhes.
ClimaInfo, 20 de janeiro de 2021.
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