O governo de Joe Biden apresentou nesta 4ª feira (27/1) um conjunto de medidas para reverter os quatro anos de negacionismo climático nos EUA, com novas iniciativas e metas com o objetivo de reposicionar o país na corrida global pela descarbonização e impulsionar a transição energética. “Não podemos esperar mais. Nós vemos com nossos próprios olhos. Estamos sentindo isso em nossa pele. É hora de agir”, disse Biden. A Casa Branca estabeleceu uma meta de eliminar a poluição de combustíveis fósseis no setor de energia até 2035 e da economia dos EUA em geral até 2050, acelerando o que já é um crescimento impulsionado pelo mercado de energia solar e eólica e diminuindo a dependência do país em petróleo e gás.
Um dos focos da política climática do governo Biden será a questão da justiça climática. Como informou o Washington Post, Biden direcionará agências governamentais para investir em comunidades de baixa renda e minorias que tradicionalmente sofrem mais com a poluição atmosférica. Uma das ordens executivas assinadas pelo presidente dos EUA estabelece um escritório de saúde e igualdade climática no Departamento de Saúde e um de justiça ambiental no Departamento de Justiça.
Outra medida anunciada é a convocação de uma cúpula global sobre clima, programada para 22 de abril, Dia Mundial da Terra. Segundo John Kerry, enviado especial da Casa Branca para o clima, os EUA pretendem intensificar os esforços para elevar a ambição dos compromissos climáticos internacionais. Nesse sentido, ele afirmou também que o governo norte-americano pretende apresentar sua nova contribuição nacionalmente determinada (NDC) para o Acordo de Paris antes da cúpula. No UOL, Jamil Chade ouviu a opinião de diplomatas brasileiros, que já esperam por mais pressão internacional sobre a posição do governo Bolsonaro nas negociações climáticas.
Associated Press, Bloomberg, Guardian e NY Times repercutiram os anúncios climáticos de Biden.
ClimaInfo, 28 de janeiro de 2021.
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