Na virada do século XIX para XX, John D. Rockefeller tornou-se a pessoa mais rica da história, impulsionado pela indústria do petróleo. Mais de um século depois, Elon Musk está prestes a desbancar Rockefeller, com uma riqueza que não poderia fazer maior contraponto ao petróleo. O CEO da Tesla, a gigante da indústria automobilística elétrica, viu sua fortuna crescer inacreditáveis 622% no ano passado, superando a marca de US$ 199 bilhões.
Mas Musk não está sozinho nesse boom: um levantamento da Bloomberg Green identificou outros 14 bilionários que fizeram fortuna nos últimos anos a partir do “pós-petróleo”.
O raio-X da fortuna “verde” mostra também uma mudança geopolítica importante: se os grandes magnatas do petróleo eram dos EUA, a China é o lar da maior parte dos bilionários do clima, o que mostra o papel do país no desenvolvimento tecnológico de carbono zero na última década.
Em tempo: Cada vez mais preocupados com questões ambientais, muitos investidores estão frustrados pela falta de interlocução minimamente qualificada com os conselhos de administração de muitas das maiores empresas do mundo. No Financial Times, Pilita Clark destacou os dados de uma pesquisa que analisou o perfil de quase 1,2 mil membros de conselhos de administração das 100 maiores empresas dos EUA: desse total, apenas três tinham experiência específica em clima – míseros 0,2% do total. “Em um momento de aumento da demanda dos investidores por ações climáticas, esses números destacam a grande lacuna entre o que as empresas estão dizendo sobre o corte de emissões de carbono e o que estão realmente fazendo”, escreveu Clark.
ClimaInfo, 3 de fevereiro de 2021.
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