Pandemia fez cair a poluição e aumentar o aquecimento global

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A COVID-19 forçou o mundo a ficar em casa e permitiu aos moradores das grandes cidades se maravilharem com a cor do céu sem poluição e com os deslumbrantes pôr-de-sol, algo perdido há décadas. E, apesar de se ter queimado menos combustíveis fósseis em aviões e automóveis, a atmosfera continuou esquentando. Isso porque alguns poluentes têm um efeito de resfriar a atmosfera. Aerossóis refletem a luz do sol de volta para o espaço, evitando que ela aqueça a superfície do planeta. O trabalho foi publicado na Geophysical Research Letters e foi comentado pelo pessoal do Observatório do Clima e pela revista Galileu.  Essa, aliás, é um dos sonhos da geoengenharia: espalhar uma quantidade brutal de aerossóis pela atmosfera toda. Como nada desta magnitude é inofensiva à vida, a prudência sugere deixar a ideia na gaveta. Os aerossóis produzidos pela queima de combustíveis são responsáveis por abreviar a vida de centenas de milhares de pessoas todo ano.

Em tempo: Um garoto colombiano de 11 anos também está preocupado com a saúde por conta da crise ambiental. Como conta Manuel Rueda, da BBC, “Francisco Vera é conhecido em seu país por suas campanhas ambientais e pela defesa dos Direitos das Crianças.” E por isso vem recebendo ameaças de morte. Rueda escreve que “de acordo com a ONU, 53 defensores dos Direitos Humanos foram assassinados na Colômbia no ano passado e outros 80 assassinatos de líderes comunitários ainda estão sendo investigados.”

 

ClimaInfo, 4 de fevereiro de 2021.

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