Estudo sugere conexão entre mudanças climáticas e COVID-19

SARS-CoV

É quase certo que o SARS-CoV-2, o representante da família dos  coronavírus responsável pela pandemia de COVID-19, apareceu nos morcegos das matas da China. Um trabalho cuidadoso que acaba de sair mostrou que a combinação da mudança do clima com a expansão chinesa reduziu a área de matas da grande família dos morcegos, e favoreceu o surgimento de múltiplas variantes do coronavírus. Uma delas, a SARS-CoV-2, já matou mais de 6 milhões de humanos e trancou parte da humanidade dentro de casa por mais de ano. Apontar o dedo é querer atribuir uma única causa a uma variante, coisa que a ciência tem o cuidado de não fazer. Mas a ciência deixa claro que a mudança do clima ajudou a aumentar a probabilidade de vírus mortais surgirem e proliferarem. Probabilidade esta que não se encerrou com a atual pandemia. O artigo saiu na Science. A CBS News, France 24Weather Channel destacaram.

Em tempo: Mais uma vez, cientistas advertem que o desmatamento faz mal à saúde humana. A SARS-CoV-2 é apenas uma, ou uma das primeiras, variantes de vírus que podem atingir mortalmente a espécie humana. Na medida em que reduzimos a área das florestas tropicais, confinamos esses vírus a um espaço cada vez menor. Assim, aumentamos a probabilidade de eles entrarem em mutação e encontrarem humanos no caminho. Longe de encerrar o drama desta pandemia, estamos criando, a cada metro quadrado desmatado, as condições para as próximas. Liz Kimbrough, na Mongabay, comenta um artigo que acaba de sair na Global Change Biology à respeito. O UOL também repercutiu.

 

ClimaInfo, 8 de fevereiro de 2021.

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