Grupo defende investigação especial sobre desmatamento da Amazônia no Congresso dos EUA 

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Segue intensa a pressão nos EUA para que o novo governo imponha restrições ao Brasil por causa da destruição ambiental. Depois de entregar um dossiê à Casa Branca, pedindo a suspensão de acordos comerciais e políticos com o governo Bolsonaro, o grupo de acadêmicos e ambientalistas norte-americanos quer convencer os parlamentares democratas a abrir uma comissão especial de investigação sobre as conexões entre empresas do país com crimes ambientais na Amazônia brasileira. “A ideia é investigar quais são as medidas corretas que os EUA devem implementar para fazer valer as leis em vigor que já proíbem certas irregularidades, como a importação de madeira ilegal”, explicou à Deutsche Welle o historiador e brasilianista James Naylor Green, uma das lideranças do grupo. “O enfoque se dirige às relações comerciais, para que se respeite não só o meio ambiente, mas também as leis trabalhistas no Brasil”.

Enquanto isso, em Brasília, Bolsonaro continua a contestar as queimadas na Amazônia – mesmo depois de dados do próprio governo apontarem para uma alta de 15% nos focos de queimada na Amazônia em 2020, superando a marca de 103,1 mil pontos de calor.  “Nem se você pegar o fósforo, o álcool, é difícil pegar fogo”, insistiu Bolsonaro. Correio Braziliense e O Globo repercutiram o falatório presidencial.

Em tempo 1: Com Bolsonaro brincando de enterrar a cabeça na areia, Mourão segue tentando lustrar as parcas credenciais ambientais do governo federal. O vice confirmou que apresentará um novo plano de combate ao desmatamento na Amazônia nesta 4ª feira (10/2). De acordo com o R7, o novo plano deve focar a ação nos estados e municípios com maior incidência de desmatamento e queimadas.

Em tempo 2: O cientista Carlos Nobre, referência internacional para pesquisas sobre mudança do clima e Amazônia, recebeu ontem o prêmio da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) 2021. A premiação reconhece indivíduos ou grupos de pesquisadores que tenham contribuição notável no campo da diplomacia científica. O Valor destacou essa notícia.

 

ClimaInfo, 9 de fevereiro de 2021.

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