Cientistas advertem: modelos climáticos podem fazer mal às finanças

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Embora os modelos climáticos tenham tido uma evolução fenomenal, eles ainda são modelos, cada qual com suas limitações e imprecisões. Mesmo com o poder extraordinário dos supercomputadores, os resultados devem ser tomados com cautela. Esta advertência saiu num trabalho da Nature Climate Change e é dirigida a gente do mundo financeiro que começou a rodar os modelos para prever desastres à frente. “As regras (e condições) pelas quais a ciência climática pode ser utilizada de forma apropriada para subsidiar as avaliações sobre o impacto das mudanças climáticas no risco financeiro ainda não foram desenvolvidas”. Matthew Green, na Reuters, diz que os modelos, ao mostrar os resultados na forma de números e probabilidades, podem passar a falsa impressão de que se conhece o futuro. Nada menos verdadeiro. Os atuais modelos trabalham em escalas de décadas e de continentes. Não servem para prever onde e quando eventos extremos irão ocorrer. Os autores do trabalho recomendam que se desenvolvam “tradutores climáticos” e formas de melhor informar o mercado financeiro dos avanços e entendimentos da ciência climática.

 

ClimaInfo, 11 de fevereiro de 2021.

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