Sob pressão internacional, empresas e cientistas brasileiros buscam caminhos para reforçar proteção ambiental

destruição ambiental

A escalada da destruição ambiental nos últimos anos colocou o Brasil em uma situação delicada na arena internacional, atingindo em cheio a competitividade internacional dos produtos Made in Brazil. Com a lentidão (e, em muitos momentos, a falta de disposição) do governo federal em reverter o mau-humor global com o Brasil, pesquisadores e empresários brasileiros foram forçados a “sair das cordas” e reagir para resgatar o comércio exterior do país.

O Valor publicou ontem (18/2) um suplemento repleto de casos em que o setor privado e a ciência se uniram nos últimos tempos para reforçar a proteção ambiental no Brasil e qualificar os produtos brasileiros como sustentáveis no mercado internacional. Por exemplo, o uso de ferramentas de monitoramento de satélite e inteligência artificial para garantir a integridade das cadeias produtivas da soja e auxiliar em projetos de preservação florestal. Em outra frente, diversas startups estão desenvolvendo soluções sob medida para minimizar os danos ambientais causados pelas operações de grandes empresas, que vão desde a reciclagem de resíduos até a economia de água e energia.

Falando em grandes empresas, o Pacto Global da ONU quer acelerar a adesão de organizações brasileiras aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), incentivando-as a integrarem essas metas em suas estratégias de negócio, considerando toda a cadeia produtiva. A Amazônia também é foco de preocupação do setor privado, que tenta se organizar para promover um modelo de bioeconomia para a região.

O suplemento também destacou iniciativas de reflorestamento e a preocupação crescente do agronegócio brasileiro com sua exposição a riscos ambientais e climáticos. Nesse último ponto, as empresas estão cada vez mais atentas às possibilidades do comércio de emissões de carbono, visto por elas como uma futura commodity global. Ainda na seara climática, o Valor também abordou o desafio enfrentado pelas cidades para se adaptarem ao “novo normal” de um clima cada vez mais extremo e as possibilidades da eletrificação e da expansão dos biocombustíveis para a frota automobilística brasileira.

 

ClimaInfo, 19 de fevereiro de 2021.

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