É cada vez mais consenso que, para limitar o aquecimento global a 1,5 °C, além de reduzir o impossível nas emissões de gases de efeito estufa, teremos que remover dióxido de carbono da atmosfera em quantidades também impossíveis. Um trabalho que acaba de sair na Science analisa o que os autores consideram a combinação ideal dessas alternativas. Mas começam apontando as limitações das grandes famílias de alternativas: os impactos para a humanidade e os ecossistemas da geoengenharia podem ser maiores do que a própria mudança do clima; tecnologias emergentes, como captura e armazenamento de carbono e fertilização oceânica, parecem ser proibitivamente caras. E as soluções baseadas na natureza, como recuperação florestal, captura de carbono no solo e biocombustíveis são possíveis em escala local em pontos específicos do planeta – na escala necessária para conter o aquecimento global, podem impactar a segurança alimentar e a biodiversidade.
Embora o artigo ofereça uma combinação possível, o trabalho é interessante pela análise das limitações e dos riscos do leque de alternativas estudadas.
ClimaInfo, 23 de fevereiro de 2021.
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