O arco-íris do hidrogênio

arco-iris hidrogênio

O combustível do futuro, o hidrogênio, está sendo anunciado em várias cores. O hidrogênio verde é produzido por eletrolisadores alimentados só por fontes renováveis como a eólica ou a solar. Todas as outras cores envolvem energia fóssil ou nuclear. O preto é produto da gaseificação de carvão mineral e o cinza é produto da reforma do gás natural. O amarelo também sai de eletrolisadores, alimentados pela eletricidade da rede, composta por todas as fontes disponíveis. Nesses três, as emissões dos outros gases, inclusive o CO2, são liberados para atmosfera. O rosa é produzido por eletrolisadores alimentados por

energia nuclear. O hidrogênio turquesa vem da separação do metano do gás natural usando o próprio como fonte de energia. O marrom e o azul são variantes do preto e do cinza quando se consegue capturar e armazenar o dióxido de carbono (sigla em inglês, CCS).

Para saber mais, veja o material da Frontier Economics, da Baker Mckenzie e os artigos da Energy Networks, da Power Technology e da Gas Connect austríaca.

Em tempo: um artigo do Daily Mail faz a pergunta errada para a provável competição entre carros a bateria e a célula combustível a base de hidrogênio. Eles fazem a comparação com hidrogênio azul, aquele do gás natural com CCS e dizem que um carro a célula de combustível andaria quase 100 km a mais com um tanque cheio do que um Tesla com a bateria carregada. A indicação é importante porque a célula combustível não depende da cor do hidrogênio, mas o custo de encher o tanque sim. Com o CCS, a bateria será mais econômica durante um bom tempo. Com hidrogênio verde, talvez nem tanto. O futuro dirá.

 

ClimaInfo, 23 de fevereiro de 2021.

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