A crise da Petrobras sinaliza limites ao projeto ultraliberal

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A montanha russa pela qual passa a Petrobras ainda não parou. Depois da fritura em fogo lento na semana passada, Bolsonaro anunciou que queria um general no comando da Petrobras. Depois de dois dias seguidos de uma queda expressiva de 20%, as ações da empresa voltaram a subir um pouco. O dólar, que também havia sofrido, recuperou-se um pouco. A frase emblemática do presidente justificando a mexida “porque eu posso” é o sinal mais estridente de que o sonho ultraliberal do posto Guedes está desvanecendo. O presidente tentou acalmar os mercados dizendo que não queria interferir na política de preços da empresa. Mas aproveitou para sugerir que também não está contente com os preços da eletricidade.

A Exame lembra que Dilma interveio nos preços da energia e caiu. Os mais antigos lembram que Collor interveio em todos os preços e caiu.

Em tempo: A British Gas, principal empresa distribuidora de gás natural e dona da 3a maior frota comercial do Reino Unido, anunciou que encomendou 2.000 vans puramente elétricas da Vauxhall a serem entregues no começo do ano que vem. No ano passado, a BG já tinha comprado outros 1.000 veículos elétricos. E pretende eletrificar o restante da sua frota – hoje de 12.000 veículos – nos próximos 4 anos. Pelo jeito, nenhuma empresa cujo principal produto é um combustível fóssil acredita neles para transportar seus prestadores de serviços. A notícia saiu no Edie e em um comunicado da Vauxhall.

 

ClimaInfo, 24 de fevereiro de 2021.

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