Adaptação climática: Miami substitui as tradicionais palmeiras por árvores mais sombreadas

Miami

As palmeiras são uma das marcas registradas da cidade de Miami, um dos destinos turísticos mais visitados dos Estados Unidos. No entanto, isso pode mudar bastante nos próximos anos: a comissão administrativa do condado de Miami Beach aprovou no final de 2020 um ambicioso plano diretor para silvicultura urbana que pretende reduzir a concentração de palmeiras para, no máximo, 1/4 do total de árvores da cidade. O motivo é simples: mesmo sendo icônicas, as palmeiras não oferecem sombra e, assim, não contribuem para refrescar a cidade durante o verão. O objetivo do plano é substituí-las por espécies mais sombreadas, capazes de reduzir as “ilhas de calor” na cidade, melhorar a qualidade do ar e absorver mais carbono e água da chuva.

A administração local pretende plantar anualmente mais de 1,3 mil de novas árvores de copa até 2040. Isso envolverá não apenas a inclusão dessas espécies nas áreas verdes de Miami, mas também a substituição de palmeiras em alguns pontos específicos. A possível retirada das palmeiras causou polêmica política, com lideranças locais e moradores protestando contra a descaracterização da cidade, segundo informou o Miami Herald. Guardian e The Hill também repercutiram essa notícia.

Em tempo: O maior e mais tradicional museu do mundo, o Louvre, segue trabalhando para transferir alguns dos itens mais valiosos de seu acervo para uma nova área no norte da França para fugir das enchentes cada vez mais frequentes do rio Sena, em Paris. Segundo a Reuters, o Louvre já transferiu cerca de 100 mil peças para um novo centro de conservação, localizado em Lievin, 190 km ao norte da capital francesa. Atualmente, a sede do museu reúne apenas uma fração de seu acervo (35 mil de mais de 620 mil obras de artes).

 

ClimaInfo, 2 de março de 2021.

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