Os automóveis com motores a combustão desperdiçam centenas de vezes mais matéria-prima do que seus equivalentes elétricos, de acordo com um levantamento do think tank Transport & Environment (T&E) divulgado nesta 2ª feira (1º/3) no Reino Unido. Segundo a análise, os veículos com bateria de íon-lítio geram cerca de 30 quilos de resíduos não recuperados ao longo de seu ciclo de vida, considerando-se também a reciclagem do material. Em comparação, o peso da gasolina e do diesel queimados durante a vida média de um veículo é cerca de 300 a 400 vezes maior que o peso dos metais “perdidos” nos modelos elétricos. Ao longo de sua vida útil, um carro padrão queima cerca de 17 mil litros de gasolina, o equivalente a uma pilha de barris de petróleo de 90 metros de altura.
Segundo a T&E, a expectativa é de que o desperdício de material dos modelos elétricos diminua ainda mais nos próximos anos, com avanços tecnológicos que poderão reduzir a quantidade necessária de lítio e cobalto na fabricação de baterias; além disso, a reciclagem desses metais também fornecerá uma proporção maior de matéria-prima para a produção de novos carros elétricos. O Guardian repercutiu o estudo.
Em tempo: A montadora General Motors apresentou em janeiro um dos cronogramas mais ambiciosos entre as principais companhias do setor automobilístico global para eletrificar totalmente sua linha de veículos novos, com previsão de chegar a 100% de elétricos até 2035 em todo o mundo. Mas como isso vai acontecer no Brasil, um dos principais mercados da empresa e um dos mais desafiadores para a popularização dos elétricos? A Motor1 conversou com representantes da GM no Brasil para entender como ficará a operação e a linha de modelos a ser comercializada no país. A incerteza ainda é grande, mas dá para sacar ao menos um recado: a GM tem como filosofia “produzir onde vende”.
ClimaInfo, 2 de março de 2021.
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