Fevereiro costuma ser um mês bem chuvoso no Pantanal, com a maior parte das áreas transitáveis apenas por cavalo ou barco. No entanto, as marcas das queimadas monstruosas de 2020 seguem bem visíveis, intensificadas por mais uma temporada com chuvas abaixo dos níveis históricos. Philipp Lichterbeck visitou a região e conta na Deutsche Welle a angústia de moradores e ambientalistas com a persistência da estiagem que atinge o bioma há mais de um ano.
A chegada das chuvas, no final do ano passado, aliviou a situação dramática causada pelo fogo, mas a falta de chuvas traz mais preocupação sobre o futuro do Pantanal, que corre o risco de viver meses secos infernais em 2021. Produtores rurais e a indústria do turismo ecológico já se preparam para um eventual retorno do fogo com a chegada do tempo frio e seco, a partir de abril. Até mesmo a segurança hídrica de uma das maiores áreas inundadas do mundo está em risco com a escassez de chuva.
Em tempo: O ministério do meio ambiente divulgou ontem (1º/3) a lista de Unidades de Conservação federais da Amazônia Legal selecionadas para a 1ª etapa do Programa Adote Um Parque. A portaria publicada no Diário Oficial da União elenca 131 áreas ambientais passíveis de “adoção” pela iniciativa privada, além das condições mínimas para participação no projeto. No caso de empresas nacionais, o valor a ser destinado por hectare é de R$ 50; já empresas estrangeiras deverão desembolsar o valor equivalente a 10 euros em soma convertida para o real na data de fechamento da proposta. A Agência Brasil deu mais informações.
ClimaInfo, 2 de março de 2021.
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