Parlamentares estão correndo contra o tempo para conseguir reforçar o orçamento do ministério do meio ambiente para 2021. Se aprovado pelo Congresso, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) prevê apenas R$ 1,72 bilhão para a pasta neste ano, o menor valor em 21 anos. Isso acontece ao mesmo tempo em que os índices de desmatamento e queimadas seguem muito altos na Amazônia, o que deixa a floresta ainda mais vulnerável à ação de infratores ambientais. O Globo destacou a movimentação da Frente Parlamentar Ambientalista para apresentar emendas individuais impositivas para recompor parte dos valores perdidos no MMA para este ano. Ouvido pela reportagem, o coordenador da Frente, deputado Rodrigo Agostinho (PSB/SP), disse que o esforço dos congressistas não está sendo apoiado por quem seria o principal interessado nessa questão: o ministro Ricardo Salles.
Enquanto isso, a Áustria reafirmou sua oposição à aprovação do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia por conta da preocupação com um possível impacto da intensificação do comércio entre os dois blocos sobre o desmatamento na Amazônia. Pressionado pelos aliados do Partido Verde, o governo do primeiro-ministro Sebastian Kurz assinalou que o acordo comercial ainda precisa de reparos, de maneira a garantir que ele seja “compatível com as ambições e os compromissos ambientais e climáticos” da UE. Em carta à Presidência da UE, chefiada neste semestre por Portugal, o vice-chanceler austríaco Werner Kogler pediu que o comando do bloco rejeite medidas paliativas que visem driblar essa oposição sem resolver os problemas ambientais atrelados ao acordo. A Agência Lusa deu mais detalhes.
ClimaInfo, 8 de março de 2021.
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