O consumo de carne é historicamente associado com a riqueza na China. Não à toa, com o crescimento econômico acelerado do país nas últimas décadas, a média anual de carne consumida pelos chineses saltou de 5 kg nos anos 1960 para quase 50 kg em 2015, para alegria dos exportadores brasileiros de proteína animal e de soja para alimentar o rebanho suíno do país. Desde 2016, no entanto, o governo chinês definiu como parte de sua política climática a redução do consumo de carne bovina em 50%. Um novo mercado está surgindo para favorecer este movimento, especialmente entre os chineses mais jovens: as opções veganas – ou plant-based. Como o Guardian destacou, proliferam grupos de mídia social dedicados ao estilo vegano nas principais cidades do país, com dicas de restaurantes e produtos livres de proteína animal. De acordo com um relatório do Good Food Institute, o mercado de carne vegetal na China estava estimado em 6,1 bilhões de yuans (cerca de R$ 5,43 bilhões) em 2018, com crescimento anual projetado entre 20% e 25% na próxima década.
Em tempo: O Financial Times não aliviou a barra do governo chinês e criticou duramente o novo plano de desenvolvimento econômico do país, que não trouxe compromissos e metas climáticas mais ambiciosas. “Especialmente considerando o status da China como maior emissor de carbono do mundo, o plano revelou-se desapontadoramente pobre em substância”.
ClimaInfo, 10 de março de 2021.
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