Enquanto os EUA aguardam a apresentação da nova estratégia da Casa Branca para o enfrentamento da mudança do clima, ambientalistas propuseram nesta semana que o governo de Joe Biden estabeleça uma meta ambiciosa de 50% de redução de emissões de carbono até 2030 com relação a 2005. Segundo eles, isso permitirá que o país tome medidas para viabilizar a descarbonização da economia norte-americana até 2050. “A meta deve ser ambiciosa o suficiente para mostrar nossa liderança, mas também deve ser confiável. Precisamos mostrar que os EUA estão fazendo tudo o que podem para essa luta”, afirmou ao Guardian Nat Keohane, da entidade Environmental Defense Fund (EDF), que apresentou a proposta ao governo.
No entanto, a oposição republicana à agenda climática de Biden começa a se organizar: governos de 12 estados norte-americanos, todos republicanos, entraram na justiça contra a ordem executiva da Casa Branca que determinou que as agências federais retomassem uma padronização feita durante a gestão Obama para calcular o custo da mudança do clima em suas decisões de licenciamento, investimento e regulamentação. USA Today deu mais detalhes. Já o Guardian destacou as conexões entre a indústria fóssil e um estudo utilizado pela oposição republicana no Congresso para afirmar que a política climática de Biden está “destruindo” a economia dos estados produtores de combustíveis fósseis.
Enquanto isso, fora dos EUA, o enviado especial para o clima, John Kerry, passou por algumas capitais europeias para restabelecer as pontes políticas queimadas durante a administração passada. Na 2ª feira (8/3), ele conversou com o premiê britânico Boris Johnson e, ontem, visitou Bruxelas para reforçar o compromisso do governo Biden com a diplomacia climática, com vistas à próxima Conferência da ONU sobre o Clima (COP26), prevista para novembro em Glasgow. Associated Press, Financial Times e Reuters repercutiram a viagem de Kerry.
ClimaInfo, 10 de março de 2021.
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