O ex-ministro de finanças da Austrália, Mathias Cormann, foi eleito para a direção da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), tido como o “clube” das economias desenvolvidas. A escolha foi polêmica, já que Cormann fez carreira na política australiana na década passada com posições negacionistas sobre a crise climática – exatamente uma das prioridades políticas dos países da OCDE nas próximas décadas.
O Guardian repercutiu a ira de ambientalistas e ativistas climáticos, que seguem duvidando das credenciais verdes de Cormann para chefiar a OCDE. Para Jennifer Morgan, diretora-executiva do Greenpeace Internacional, a escolha de Cormann diminui a confiança de que a OCDE possa ser uma liderança no enfrentamento da crise climática.
Questionado, o novo secretário-geral da OCDE tentou minimizar o desconforto e reforçou o compromisso da entidade em apoiar os esforços climáticos dos países-membros. A vitória do australiano foi vista como resultado da articulação de última hora feita pelo governo conservador de Scott Morrison, que conseguiu angariar o apoio de aliados importantes como Estados Unidos e Reino Unido. Financial Times e Reuters também repercutiram a eleição de Cormann para comandar a OCDE.
ClimaInfo, 15 de março de 2021.
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