Principais bancos centrais do mundo apresentam propostas para facilitar análise financeira de riscos climáticos

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Os maiores bancos centrais do mundo apresentaram nesta semana um conjunto de medidas para aproveitar a política monetária como instrumento para analisar e destacar os riscos climáticos relacionados a investimentos públicos e privados. A proposta foi apresentada pela Network for Greening the Financial System, grupo que reúne 89 bancos centrais e supervisores financeiros de todo o mundo. Entre as medidas propostas, estão a compra de ativos e títulos mais verdes e esquemas de empréstimos relacionados ao clima.

O relatório propõe duas maneiras para os bancos centrais tornarem suas compras de ativos mais verdes: direcioná-las para empresas com melhor desempenho em relação a uma métrica climática específica, e filtrar os ativos, emissores ou setores que produzem a maior parte das emissões de carbono. De toda maneira, a proposta não representa um consenso dentro do grupo de bancos centrais, mas, sim, um conjunto de “passos iniciais” para que essas instituições possam começar a analisar a questão do risco climático e impulsionar esse tema dentro de suas economias. Financial Times e Reuters deram mais detalhes.

Em tempo: O banco HSBC está estudando a possibilidade de recusar clientes corporativos sem compromissos e ações climáticas significativas como uma maneira de cumprir as metas climáticas da própria instituição. Segundo o banco, o foco continuará sendo o de ajudar seus clientes na transição para o baixo carbono; no entanto, em última instância, caso não haja melhorias na condição do cliente, a instituição poderá romper o relacionamento. Bloomberg e Exame abordaram essa notícia.

 

ClimaInfo, 26 de março de 2021.

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