Produto característico do Sudeste Asiático e principal vetor do desmatamento daquela região, o óleo de palma está ganhando espaço na Amazônia brasileira, onde os mesmos problemas estão se repetindo, a despeito do discurso “sustentável” das empresas do setor. A Mongabay investigou denúncias feitas por organizações indígenas e Comunidades Tradicionais sobre abusos generalizados por empresas de óleo de palma.
Um dos episódios testemunhados pela reportagem foi o despejo de um resíduo marrom próximo à usina da empresa Biopalma da Amazônia nas margens do rio Acará. O resíduo em questão é uma mistura tóxica de matéria orgânica, inseticidas e herbicidas, resultado do processo de produção do óleo. A matéria destacou também a leniência dos poderes públicos municipal e estadual com as operações das usinas de óleo de palma, muitas delas beneficiadas por zoneamentos flexíveis e sem monitoramento sobre impacto ambiental.
Como sempre, os maiores prejudicados são aqueles que não têm nada a ver com o negócio – indígenas e ribeirinhos, muitos que dependem da água dos rios amazônicos para sobreviver. O UOL publicou uma tradução do texto.
ClimaInfo, 29 de março de 2021.
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