Economistas alertam que mudança do clima deve aumentar abismo entre países ricos e pobres

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A inação do planeta frente à mudança do clima pode ter um efeito colateral grave para a economia mundial, com perdas consideráveis nas próximas décadas. De acordo com uma análise apresentada nesta 3ª feira (30/3) pela Escola de Direito da Universidade de Nova York, se o mundo não tomar “ações imediatas e drásticas” contra a crise climática, o prejuízo disso pode ficar na casa dos US$ 1,7 trilhão por ano em meados desta década, e aumentar para cerca de US$ 30 trilhões por ano até 2075. O estudo ouviu mais de 730 economistas do clima em todo o mundo, que foram questionados sobre a urgência da ação climática, os obstáculos para esse esforço e os impactos da falta de ação por parte de governos e empresas.

De maneira geral, o grupo ressaltou a importância de ações imediatas e drásticas para reduzir as emissões de carbono, sugerindo que os governos estão subestimando os custos potenciais da mudança do clima, como o impacto de eventos extremos mais frequentes. Eles também destacaram que os custos da neutralidade das emissões de carbono até 2050 serão compensados pelos benefícios econômicos dessas medidas no longo prazo, que incluiriam prevenção de desastres naturais, preservação da infraestrutura e de ativos costeiros, além da proteção do abastecimento de alimentos e de água.

Al-Jazeera e Reuters repercutiram essa análise. O ClimaInfo também publicou um artigo sobre o estudo.

 

ClimaInfo, 31 de março de 2021.

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