A Assembleia Nacional da França começou ontem (29/3) a analisar o projeto de lei climática encaminhado pelo governo de Emmanuel Macron. A proposta foi costurada com base em consultas populares realizadas no ano passado, na esteira dos protestos dos coletes-amarelos (gilets jaunes). No entanto, o projeto proposto por Macron não agradou ambientalistas e ativistas climáticos, que acusaram o presidente francês de enfraquecer a legislação para o clima, priorizando objetivos e medidas com caráter mais simbólico e deixando de lado ações mais robustas e efetivas para reduzir as emissões de carbono do país. No domingo, opositores do projeto reuniram 110 mil manifestantes em diversas cidades na França para pedir por uma “verdadeira lei climática”. Um dos pontos que mais irritaram grupos verdes na França foi a falta de metas setoriais para viabilizar o objetivo de reduzir as emissões em 40% até 2030 com relação a 1990. Por outro lado, o governo Macron defende a proposta de lei, sob o argumento de que ela coloca em definitivo a questão climática no centro do debate político e na Constituição francesa.
As manifestações contra a baixa ambição da lei climática na França foram destacadas por Bloomberg, Euronews, Le Monde e RFI.
ClimaInfo, 30 de março de 2021.
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