Na Inglaterra, Extinction Rebellion mira o setor financeiro

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O movimento climático britânico Extinction Rebellion planeja intensificar sua campanha com foco no sistema bancário nas próximas semanas com o objetivo de destacar o papel do setor financeiro na escalada da crise climática. Uma amostra já aconteceu na semana passada, quando o grupo protestou na sede do Barclays Bank, em Londres, e no Banco da Inglaterra, bem como em filiais de rua em todo o Reino Unido como parte do que denominaram Money Rebellion (Rebelião do Dinheiro).

A notícia é do Guardian, que lembrou um relatório recente mostrando que os 60 maiores bancos do mundo forneceram US$ 3,8 trilhões de financiamento a empresas de combustíveis fósseis desde o Acordo de Paris em 2015. Entre os bancos europeus, o Barclays forneceu a maior parte desses recursos.

No final deste mês, o grupo planeja lançar uma greve fiscal, durante a qual os ativistas reterão uma porcentagem de cerca de 3,5% de seus impostos de renda ou de negócios. Segundo o Guardian, essa é a porcentagem que o grupo calculou que o governo britânico gasta para “prejudicar o planeta”. A ideia é reter o valor por um ano para tentar que projetos com impacto climático negativo sejam cancelados pelo governo.

Em resposta ao Barclays ser alvo dos protestos, um porta-voz declarou que o banco pretende ser carbono líquido zero até 2050.

 

ClimaInfo, 6 de abril de 2021.

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