Estudo identifica áreas de garimpo ilegal na Amazônia e destaca impactos em comunidades locais

garimpo Amazônia

A explosão do garimpo na Amazônia brasileira nos últimos tempos deixou marcas não apenas na vegetação da floresta, cada vez mais desmatada, mas também nas condições de vida e na segurança das comunidades locais, especialmente os Povos Indígenas, como mostra um estudo publicado pelo Instituto Igarapé na semana passada.

O aumento acentuado da cotação do ouro no mercado internacional (nos últimos 20 anos, a onça aumentou de US$ 400 para US$ 1,8 mil), associado com o desmantelamento da fiscalização ambiental e o apoio do governo Bolsonaro ao garimpo, impulsionou o surgimento de novos pontos de exploração de ouro na Amazônia.

Dados da Rede Amazônica de Informação Socioambiental (RAISG) identificaram mais de 320 pontos de mineração ilegal nos nove estados da Amazônia Legal. Como resultado, a contribuição do garimpo para as taxas de desmatamento nos territórios indígenas da Amazônia aumentou de 4% em 2017 para 23% em 2020, segundo dados do DETER/INPE.

O estudo também sintetiza algumas alternativas de reversão do cenário, como o reconhecimento e a proteção de Terras Indígenas; o rechaço ao projeto de lei 191/2020, que pretende regulamentar a exploração mineral nessas áreas; a modernização dos processos de gestão e fiscalização da compra de ouro no Brasil; e o estabelecimento de novos critérios para a concessão de permissão de lavras garimpeiras. Estadão e UOL deram mais informações.

 

ClimaInfo, 13 de abril de 2021.

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