Incêndios florestais no Himalaia preocupam cientistas

incêndios Himalaia

As montanhas do Himalaia ao norte da Índia estão experimentando os piores incêndios florestais em mais de uma década. Nas últimas semanas, segundo a agência meteorológica europeia Copernicus, a vegetação consumida pelo fogo resultou na emissão de 0,2 milhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (MtCO2e) no último mês, com focos concentrados entre a fronteira da Índia com o Nepal. Cerca de 20 pessoas foram mortas pelos incêndios nos dois países. A BBC destacou a preocupação de cientistas com os incêndios no Himalaia.

Além dos efeitos do fogo sobre a qualidade do ar, especialmente no Nepal, a estiagem prolongada dos últimos meses deixou a terra extremamente seca, o que facilita não apenas o surgimento de novos focos de incêndio, mas também seu alastramento. Para piorar, falta infraestrutura para o combate do fogo, com poucos grupos brigadistas e equipamentos para apagar as chamas em áreas mais altas.

O Indian Express explicou alguns dos motivos pelos quais os incêndios das últimas semanas foram mais intensos em Uttarakhand: as folhas secas são combustível para incêndios florestais e sua quantidade desta vez é maior do que nos anos anteriores, por causa das restrições à circulação de pessoas causadas pela pandemia. No entanto, cientistas também assinalam o impacto do clima mais seco, facilitado pela expansão do desmatamento em Uttarakhand nos últimos anos. Al-Jazeera e Financial Times também abordaram a situação no Himalaia.

Em tempo: A passagem do ciclone Seroja na costa oeste da Austrália neste final de semana destruiu casas e deixou dezenas de milhares de pessoas sem eletricidade. Segundo a Reuters, cerca de 70% das estruturas na cidade costeira de Kalbarri sofreram danos. Não há registro de mortos ou desaparecidos. Na semana passada, enchentes e deslizamentos de terra causados pelo Seroja resultaram na morte de mais de 160 pessoas na Indonésia e no Timor-Leste. Washington Post também repercutiu o impacto da tempestade na Austrália.

 

ClimaInfo, 13 de abril de 2021.

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