A próxima geração de baterias elétricas pode estar a caminho. No ano passado, a QuantumScape foi listada na bolsa e, por um breve tempo, passou o valor da Ford. Detalhe: a empresa não tem nenhum produto comercial tampouco receitas. O que ela anunciou foi possuir a tecnologia de uma bateria que promete aumentar em 50% a autonomia de carros elétricos e reduzir o tempo de recarga para 15 minutos. Depois do pico inicial na bolsa, a empresa está avaliada em US$ 20 bilhões. Fora do pessoal da QuantumScape e, possivelmente, de engenheiros da VW, muito pouco se sabe sobre a tal bateria. O pulo do gato para este salto de performance foi trocar o eletrólito líquido de lítio das atuais baterias por um composto cerâmico que, por ser sólido, permite compactar a bateria bem mais do que a tradicional. Encontrar esse composto é fruto de mais de 10 anos de pesquisa bancada por um grupo de bilionários visionários. Os engenheiros da VW entraram em cena quando a fabricante se tornou a maior acionista da empresa. Só a notícia da aquisição fez a ação da VW aumentar 23%. No entanto, como lembra a matéria da Bloomberg, do anúncio cheio de sigilos até a produção em massa, muita coisa pode dar errado. A matéria dá exemplos de outras baterias que morreram pelo caminho.
Outra empresa nova, criada e ainda dirigida por um jovem engenheiro croata de 33 anos, é Rimac, fabricante de uma linha de hiperautos paparicada e bancada pela Porsche e pela Hyundai. O moço acaba de anunciar o plano de uma nova fábrica de 200.000 m2 para 2.500 empregados, cheio de confortos comuns às Googles e Apples. Os planos são de suprir os grandes com novidades e produzir não mais que 100 carros por ano. A versão combustível fóssil dos hiperautos são feitos de materiais compostos levíssimos e, sem perder em segurança e confiabilidade, consomem entre 3 e 5 vezes menos combustível. A notícia é da Bloomberg.
ClimaInfo, 16 de abril de 2021.
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